segunda-feira, 17 de maio de 2021

O outro e eu (pte.5) - Gn 1.26,27

A manifestação do Espírito Santo em cada um é através dos dons espirituais manifestos para que a pessoa sirva - e só poderá servir à Igreja, para edificação de seus irmãos. Deus me deu dons, que apesar de serem para o meu uso, são para usá-los pela causa e por amor ao próximo. É o Espírito Santo de Deus agindo. Como Deus vai acabar com a fome alheia se eu não der metade do meu pão? Como vai acabar com o frio do próximo se não cedermos nosso teto? Como Deus vai consolar o próximo se eu não abraçá-lo? Ouço muitos orarem para que Deus envie seus anjos nos morros controlados por traficantes, nas prisões, nas guerras, na fome... Mas alguém tem que ir lá. Como amará a Deus, que não vê, se não consegue amar a quem vê? Se não está suscetível para ouvir o próximo, como ouvirá o Espírito Santo?

O próximo é a materialização dos meus medos e demônios, também é a materialização de Deus. Confessar os pecados, uns aos outros para que sejamos curados, é porque podemos ser perdoados, aceitos e suportados por nossos irmãos. Ao partilhar meus pecados a quem me ama, excluo a vergonha pública, mostrando quem sou, e se aceito, o amor de Deus se materializou.

O outro exerce poder sobre nós, que é Deus, através da vida dele. Se o poder de Deus se aperfeiçoa na nossa fraqueza, ao nos vulnerabilizar, nos expor diante do próximo, o poder de Deus se materializa em minha vida. Há perdão, há cura.

Por isso, a Igreja do Senhor deve ser um ambiente acolhedor, receptivo, inclusivo, jamais excludente. A comunidade criada por Cristo é a comunidade dos pecadores que confessam seu pecado e ouvem: "Eu te perdoo!".


Que a Graça de Deus, o Pai, seja sentida por todos que fazem parte desta comunidade chamada Igreja. Amém! 

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