Mateus 24:15 - "Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, entenda"
Em Gênesis 3, os fundamentos do sentimento que acabaram com a humanidade, em Adão e Eva, continuam até hoje: Trocamos o teocentrismo (Deus no centro de tudo) pelo antropocentrismo (o homem no centro de tudo).
A humanidade, em Eva, entra em crise: "Faço a vontade de Deus ou a minha?" Disseram a ela que Deus mentiu e ela acreditou.
No texto, a árvore está no meio do jardim, no "centro" (Gênesis 3:3). Porque Deus colocou essa árvore no centro, no meio do Éden, se não era para eles comerem? Para que o homem se sentisse livre (ter a oportunidade de errar) - isso é respeito! Por isso, Deus, apesar de ter todo poder, o nome que expressa melhor quem é Deus, é Deus de amor (I João 4:16). Se Ele fosse apenas um Deus todo-poderoso, tinha eliminado o homem, definitivamente.
A decisão é do homem, pois a vontade de Deus era que Adão vivesse em obediência e santidade, mas se Deus não desse a oportunidade de Adão dizer "sim" ou "não", seria um ditador, não um Deus de amor. Não faça, mas você é livre para fazer - é isso.
Mesmo em crise, Eva come o fruto, e exclui Deus, porque dentro dela, existiu um desejo de ser como Deus.
O que existe hoje é um evangelho antropocêntrico, onde Deus serve o homem: "Deus tem uma benção pra você!" ou "Deus vai mudar a sua vida!" ou "Deus vai enriquecer você!", tudo centrado no homem. E se Deus não fizer, o camarada fica com raiva e se afasta de Deus. Gerando "crentes" fracos, meninos na fé. Evangelho não é isso.
Evangelho não é homem cantando musiquinhas babacas para um deus idiota, e ele comovido, faz tudo o que eu quero. Evangelho é o poder de Deus para todo aquele que crê. É transformação. É o poder de Deus, não para me dar bem, mas para suportar quando o bem não me alcançar. Não é a capacitação para não sentir dor, não sofrer ou não chorar.
Mas para que a dor,o sofrer e o chorar, eu suporte e jamais me afaste do Deus de amor. A dor é inevitável porque a humanidade pecou. E o salário do pecado é a morte. Você é pecador e está vivo, por causa do amor de Deus e a Graça de Deus em sua vida.
Então, você liga a TV e o camarada só fala em milagre, milagre,milagre:
- "O que Deus fez em você?"
- "Ah, pastor, a minha unha estava encravada e não podia nem trabalhar. Mas entrei aqui e fui curada!"
Sim, Ele cura. Porque o nome de Jesus na boca de uma mula ainda é o nome de Jesus!
Agora, o Evangelho não é o que Deus fez por nós, mas o que nós fizemos, em resposta ao amor por nós, pelo próximo.
O Evangelho não forma deuses, forma servos.
Quando os servos entendem, eles saem para servir, a sociedade muda, por causa do serviço de amor que prestamos a ela como retribuição a esse amor por nós.
Mas aqui no Brasil, é esse evangelho de um monte de gente querendo se dar bem.
Vai trabalhar!! Vai estudar!! Acorda cedo!! Anda com gente certa!! Beija menos, pense mais!!
Não, é mais fácil acreditar em milagre. Milagre é muito mais fácil, porque não dá trabalho, Ele faz tudo por nós enquanto você senta e espera acontecer.
Eu creio e sou prova de milagres.
Deus é poderoso para prosperar a nossa vida. Agora, tem muita gente que quer colher o que não plantou.
Tem um monte parasita que está numa draga, tenho até dúvidas se merecem estar assim, mas fica reclamando que Deus não abençoa.
O centro, o âmago de tudo é o antropocentrismo - o homem se colocou no centro de tudo. E quer ser servido. O Evangelho existe hoje para servir ao homem, não mais para capacitá-lo á vontade de Deus, transformá-lo.
O novo ateísmo: Deus existe, mas é inofensivo.
Jesus é na exata proporção, contrário ao antropocentrismo: "Se quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, pegue a sua cruz e me siga" (Lucas 9:23). Coloca assim, o homem em seu devido lugar. Cristo vive em mim, esse é o Evangelho. Logo, se as igrejas pregam o antropocentrismo, estão na via contrária á Jesus Cristo.
Vejo também outro fenômeno: narcisismo (mitologia grega). Exclui qualquer outro que não seja "eu". Impossível de amar o outro (contrário pá Palavra de Deus). Egoísmo extremo. Desejo pelo reconhecimento: "Olha como eu sou abençoado". Taí o Facebook que mostra bem isso. Símbolo do narcisismo atual, expõe você, sua vida íntima, o que come, onde está, o que faz, enfim, a necessidade do ser visto e adorado. E sempre no campo da imagem: não tem ninguém feio, infeliz, ferido, ou que não seja legal.
Como meio de comunicação é excelente, mas jamais de relacionamento. É impessoal, destrói.
Tenho contato com "crentes", e nos propomos a orar, falamos e postamos a Palavra de Deus, mas, vamos combinar? É frio. Não tem toque, nem olho no olho ou abraço. E uma palavra mal digitada, mal colocada, gera raiva, ira, desapego. Casamentos e amizades acabando por causa da imagem.
Uma igreja que precisa ser reconhecida e elogiada?
A maioria das igrejas são fruto da rebeldia, da divisão de onde estavam. Traição, mal caráter e ego - "Ah, o diabo está furioso!" - Não, nós mesmos nos destruímos. O infeliz deve estar se justificando para Deus: "Eu não fiz nada. Quando cheguei já estava essa bagunça!".
(leia a continuação)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Só há um caminho. Uma verdade. Uma vida. Deixe um comentário.