terça-feira, 22 de setembro de 2020

Autoimagem (pte.1) - Rm 1.18-25

 

A necessidade de ser visto (e adorado) consome o homem pós-moderno. Um dos maiores movimentos da história da humanidade, inclusive um dos significados que habitará o anticristo, é a cultura da idolatria, aperfeiçoado na autoimagem. Enquanto Jesus Cristo refletia a imagem de Deus exata, o anticristo reflete o rosto potencializado em seus desvios, pecados, heresias, apostasias e impiedades, do homem pós-moderno.

Ele está sendo consumido (carcomido) pela necessidade de ser visto, curtido e compartilhado, aplaudido e ovacionado, catapultado pelas redes sociais que se especializaram nisso. Quando Zuckerberg criou o Facebook, ele queria que fosse assim? Não. Mas a natureza caída do homem, quis assim. Não existe mais lugar secreto, tudo precisa ser público, inclusive momentos íntimos, nudez. O momento de lazer e descanso só faz sentido se for visto por todos, inclusive àqueles de quem não se gosta (causar inveja). E o que é pior, na minha opinião, é estender as mãos ao necessitado, não sem antes tirar uma "selfie" para comprovar o quanto esta pessoa é do "bem". Isso me entristece. 

Até o culto á Deus já está sendo devidamente postado, inclusive pela própria Igreja, para quem sabe assim, atraia novos membros pela beleza da arquitetura, das paredes devidamente pintadas de preto, pelas luzes no "palco" (sim, é palco!), e isto só terá valor se curtido, compartilhado e acompanhado de um "glória a Deus!". O alimento são as "curtidas" - sucesso e fracasso são medidos assim - e essa roda gigante vazia continua a cultuar a autoimagem. 

(leia a continuação)

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