A
necessidade de ser visto (e adorado) consome o homem pós-moderno. Um dos
maiores movimentos da história da humanidade, inclusive um dos significados que
habitará o anticristo, é a cultura da idolatria, aperfeiçoado na autoimagem.
Enquanto Jesus Cristo refletia a imagem de Deus exata, o anticristo reflete o
rosto potencializado em seus desvios, pecados, heresias, apostasias e
impiedades, do homem pós-moderno.
Ele está sendo consumido
(carcomido) pela necessidade de ser visto, curtido e compartilhado, aplaudido e
ovacionado, catapultado pelas redes sociais que se especializaram nisso. Quando
Zuckerberg criou o Facebook, ele queria que fosse assim? Não. Mas a natureza
caída do homem, quis assim. Não existe mais lugar secreto, tudo precisa ser
público, inclusive momentos íntimos, nudez. O momento de lazer e descanso
só faz sentido se for visto por todos, inclusive àqueles de quem não se gosta
(causar inveja). E o que é pior, na minha opinião, é estender as mãos ao
necessitado, não sem antes tirar uma "selfie" para comprovar o quanto
esta pessoa é do "bem". Isso me entristece.
Até o culto á Deus já está sendo
devidamente postado, inclusive pela própria Igreja, para quem sabe assim,
atraia novos membros pela beleza da arquitetura, das paredes devidamente
pintadas de preto, pelas luzes no "palco" (sim, é palco!), e isto só
terá valor se curtido, compartilhado e acompanhado de um "glória a
Deus!". O alimento são as "curtidas" - sucesso e fracasso são
medidos assim - e essa roda gigante vazia continua a cultuar a autoimagem.
(leia a continuação)
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