quarta-feira, 16 de setembro de 2020

O caminho - Jo 14.6

Nem toda estrada é um caminho. Nem todo trajeto é um caminho. Só é caminho aquilo que te leva da origem ao destino.

Quando temos a ideia de que Jesus é o caminho, não o destino, não o fim, este caminho nos conduz a um novo lugar. É com temor que reflito, que é possível que nós enquanto Igreja, estamos fazendo a obra do reino pela metade (https://marcioneves67.blogspot.com/2019/12/igrejas-precisam-de-pastores-e-mestres_17.html). Muitas vezes, trabalhamos unicamente para levar as pessoas até Jesus e acreditamos que, quando levamos aquela alma à Jesus, a obra então está completa. Mas não está.

Como eu disse antes, levamos a pessoa até o caminho, mas este caminho leva a algum lugar. Se, de fato, nos encontramos com Jesus achamos o caminho, mas o nosso destino quase sempre é outro: é o próximo! 

Jesus então não é o destino, é um novo jeito de ir, Ele é o caminho. Assim, Jesus nos mostra que se amarmos somente a Deus, seremos apenas religiosos. Se amarmos só as pessoas, não passaremos de ateístas e ativistas. E se amarmos somente a nós mesmos, seremos narcisistas e egoístas.

Portanto, Jesus diz que Ele é o caminho para destituir a religião/religiosos.

Jesus diz que é o caminho para destituir a forma como dizem que amam ao outro (no AT, tinha que amar a Deus, e não necessariamente amar o próximo).

E Jesus diz que é o caminho para destituir o egoísmo e narcisismo, tão presentes hoje em dia - eu não existo sem o outro existir, a minha existência é vinculada e depende do outro. 

Jesus é o caminho porque acaba com a religião, acaba com a desigualdade social (o amor faz com que ninguém deixe seu irmão passar necessidade), e acaba com o amor-próprio, aquele que é tóxico, egoísta. Atitudes de amor só exalam quando o amor de Deus habita em nós, e é verdadeiro, na exata proporção contrária. 

Que possamos nos entregar nessa relação.

Graça e paz!


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