Há alguns anos, muitas Igrejas tem copiado o modelo australiano Hillsong de ser: pintam suas "paredes de preto", com aquele "ar" de cinema, música sempre mantendo o clima "up", onde ninguém se vê, e o foco é o palco (sim, "palco") onde as luzes privilegiam o "palestrante". Sei que estes termos entre parênteses não são comuns à Igreja do Senhor, mas é para acompanhar o Evangelho raso das pregações. Aliás, totalmente voltados aos não-cristãos (ou aqueles que "estão procurando"). Os "velhos" cristãos que se adaptem ou caiam fora. Assim, copiamos o padrão "américa" como sempre (willow creek, rick warren, hillsong united, saddleback, etc) e adquirimos o pacote que inclui o tema que falo hoje. Há um pragmatismo, onde o significado e importância é determinado pela metodologia do marketing. Ou seja, pessoas que só olham o crescimento através de pesquisa de mercado.
Nunca fui fã de "Igreja com propósitos" desde que conheci em 2008. Conheço pastores que respeito mas são embasbacados com esse método de crescimento. E me pergunto: O que eu faço com At 2:47? Todas as razões desde o v.35 devem ser observadas, mas estas pessoas que conduzem essas Igrejas, pensam que terão um crescimento baseado nos relatórios, nas pesquisas, nas intuições e nos métodos humanos. Desculpem, não concordo. Em 4 (quatro anos) aprendi que Deus dava o crescimento, Ele acrescenta aqueles que devem ser salvos - não uma planilha em Excel ou pesquisa. Porque muitos destes que trazem à força, eles não querem saber de Deus, só de si mesmos. O que mais deveria honrar a Deus está claramente nas Escrituras Sagradas.
Até a música ouvida nestas Igrejas é fruto de pesquisa baseada "no que vocês gostariam de ouvir?". E falamos de música "pop", melosa, melodiosa, e de preferência, para tocar os corações, usam músicas com notas menores, com sétima ou nona. Perguntem a algum músico o "porquê".
Parecer-se com o mundo fará alguém levantar da cama para ir a uma Igreja? Ouvir um sermão que lhe estremeça cada osso e músculo do corpo porque a Palavra de Deus entre na exata divisão entre a alma e o espírito, certo? Não necessariamente. Porque a teologia de Warren, por exemplo, é fraca, além do mal uso das Escrituras, onde aprendi durante 4 (quatro) anos que um sermão deve ser expositivo. Pode ser temático? Pode, em circunstâncias diferentes de um culto.
Falo por estudar e pesquisar, só sabe disso quem estudou comigo. Se é verdade que "Deus não se importa com sua prática doutrinária ou visão espiritual...o que importa é se você aceitou Jesus" então, os mórmons podem dormir sossegados. E os pecadores? E o arrependimento? E a santificação? Redenção do sangue de Cristo? A teologia é fraca, justamente pelo alvo escolhido. Não existe autoajuda na Bíblia, só Warren acha que existe, e usa Mt 16.25, onde "carregar a sua cruz" é morrer para o mundo e seguir a Cristo! Pior, é usar esta passagem para sermos o que Deus nos criou para ser - algo que Warren faz como maestria.
Toda a ênfase na autoestima e pragmatismo de Warren são coletados de Robert Schuller, onde recebeu influências deste homem que negou o pecado e se perdeu do Evangelho.
Tenho tido algumas discussões, no melhor sentido, sobre "propósitos" de Deus com homens de Deus. Mas definitivamente, as fontes citadas no primeiro parágrafo, não podem nos levar para longe da Igreja do Senhor - baseada no amor à Deus e ao próximo, no servir, na obediência ao Pai, e principalmente, como único local onde a mão de Deus ainda é conservada e permanece. Vinde, voltemos ao Senhor, para que saibamos nos comportar na casa de Deus, coluna e verdade, com temor e tremor.
Graça e paz!