terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Sacrifícios de louvor (pte.1) - Hebreus 13:9-16

Prestar culto á Deus e oferecer sacrifícios á Deus. Há pessoas que se interessam, há outras que não estão preocupadas em servir á Deus - essencialmente o Deus revelado na pessoa de Jesus Cristo.
Que sacrifícios devo entregar á Deus?
Para entender o que é "sacrifício de louvor", os judeus entendiam que servir á Deus tinha que ser no Templo (lugar), em Jerusalém, fundamentada no sábado (dia), nos sacerdotes (pessoa) e no sacrifício de animais (sacrifício) corretos e sagrados.
Na cabeça e no coração de Israel, "servir" e "prestar culto" á Deus era sacrificar animais. Pagou a dívida, acabou. E adorar (ou sacrificar), era no lugar certo, no dia certo, com o sacrifício certo, para as pessoas certas. Mas Jesus, o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, fez tal sacrifício de uma vez por todas.
Foi o sumo-sacerdote e o próprio sacrifício, encerrando a necessidade de qualquer outro sacrifício.
Em Jesus Cristo, temos o dia (separação de dias e dias, não há um dia certo para servir á Deus, foi sombra daquilo que haveria de vir, perfeito - Cristo Jesus) e o lugar (onde você estiver, pode invocar a Deus, em nome de Jesus), a pessoa (só há um mediador entre Deus e os homens, Jesus. Não há hierarquia diante de Deus, somos iguais) e o sacrifício (qualquer coisa, faça para a glória de Deus, Jesus foi o sacrifício), numa pessoa. E os judeus disseram: "Vocês acabaram com a nossa religião! Como a gente serve a Deus agora?".
Em Hebreus 13:15, a Palavra diz que oferecemos "sacrifícios de louvor" á Deus, estes, só podem ser oferecidos por aqueles que confessam o nome de Jesus, como Senhor e salvador. O fim da lei é Cristo (Romanos 10). No tempo de Moisés, uma pessoa tinha que obedecer as leis de Deus. Mas ninguém conseguia. Ofereciam sacrifícios. A lei de Moisés apontava para Cristo: o dia de sábado era um dia que apontava para todos os dias, o Templo apontava para todos os lugares, os sacerdotes apontavam para todas as pessoas, e sacrifícios apontavam para o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. E agora, em Jesus crucificado, não somos mais aceitos por sacrificar animais, porque Cristo é o nosso cordeiro pois através do sangue de Jesus fomos lavados, curados, purificados, santificados. A lei apontava para Cristo. 

As pessoas preferem o caminho do lugar, do dia, da pessoa, do sacrifício. é mais fácil, talvez. é só copiar, não precisa doer. Essa é a justiça dos homens, a lei. Quem segue os mandamentos? (Pelo menos somos pecadores, e assumimos). Mas ninguém consegue obedecer a Deus, e por isso mesmo, Jesus se ofereceu como sacrifício definitivo. E agora vem o mais difícil: Como ser aceitos por Deus, invocar o nome de deus como nosso Pai, sendo pecadores? Paulo nos ensina: 
Confesse que Jesus é o Senhor da sua vida, pois com o coração se crê (justiça), e com a boca se confessa (salvação). 

Antes, para entrar na presença de Deus: levando o sacrifício, no dia lugar certos, entregando para o sacerdote. E hoje? Chegando á Deus em nome de Jesus, confessando e crendo que Ele é o Senhor e salvador da sua vida. Pronto. Os lábios confessaram o nome de Jesus, e esse é o "sacrifício de louvor".
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Sacrifícios de louvor (pte2) - Hebreus 13:9-16

Hebreus 13:16 - Servir á Deus é fazer o bem e repartir o que temos. E saiba: isso não é natural do ser humano. Tem gente que, se você faltar a um culto, diz que você perdeu a benção. Cantar músicas pra Deus não é sacrifício de louvor, não é servir á Deus. Os lábios que confessam a Jesus como Senhor e salvador ("O Senhor é o senhor da minha vida!"), e agora, pergunta: "Qual o sacrifício que o Senhor quer?".
E o que é fazer o bem?
É fazer a vontade de Deus, viver em boas obras (Efésios 2). Houve uma época que, estando longe de Deus, seguíamos o curso do mundo ("deixa a vida me levá, vida leva eu") e a nossa própria vontade (nossos pensamentos, nossa vontade).
Tem gente que não se preocupa em servir á Deus. E servindo á própria vontade, serve o espírito errado. Os espíritos das trevas (que a Bíblia chama de "espíritos imundos, malignos"), gente ruim, não é que morreu e desencarnou - isso é DEFUNTO. Falo dos espíritos nunca antes encarnados. Então, Paulo nos diz que essas pessoas "vivem escravizados pelo príncipe das trevas". Interessante é que as pessoas dizem querer fazer a vontade de Deus, e esse espírito maligno não está preocupado que as pessoas façam a vontade dele, mas escraviza dizendo que as pessoas podem fazer a própria vontade ("Não precisa fazer a minha vontade, faça a sua"), viva do jeito que você bem entender - contanto que não façamos a vontade de Deus. 

Em Efésios 2, algumas pessoas ouviram, e confessaram que Jesus Cristo é o Senhor da vida delas, e disseram: "Espírito das trevas você não tem mais autoridade sobre mim. Não a minha vontade, mas a vontade de Deus sobre mim". Porque a oração que Jesus nos ensinou diz: "Seja feita a Tua vontade", não a  minha ou a sua vontade. E essas pessoas que confessaram o nome de Jesus, disseram não ás suas vontades, e foram libertas da escravidão, de não conseguir dizer "não" aos seus apetites mais básicos. Não porque elas são melhores, mas porque confiaram no nome de Jesus. E quando Deus as libertou, disse: "Andem nas boas obras" - ou a vontade de Deus, e não a nossa.
Então, como oferecer "sacrifícios de louvor"?
Vivendo segundo a vontade de Deus. Preciso ser honesto? Sim. Posso ter escravo? Não. Posso cobiçar a mulher do próximo? Não. Tenho que cantar na igreja? Não. Tenho que honrar meus pais? Sim, claro.
É viver segundo a vontade de Deus, porque eu disse que Jesus é o Senhor da minha vida.
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Sacrifícios de louvor (pte.3) - Hebreus 13:9-16

Oferecer "sacrifícios de louvor" é muito mais que cantar músicas na igreja. Porque leio Hebreus 13:13 e entendo que assim como os sacrifícios nos tempos de Moisés eram levados para fora da cidade, Jesus Cristo também foi crucificado fora dos portões. Isso foi desonra, vergonha. E neste texto, nos questiona que, se seus lábios já confessaram que Jesus é o Senhor da sua vida, e você quer oferecer "sacrifícios de louvor", saia da cidade, além dos portões e assuma a mesma desonra que Jesus assumiu.
Não tem como ficar dentro das cidades? Não. Porque o mundo odiou a Cristo, vai nos odiar também. Sempre que Deus nos retira das trevas e nos leva para a luz é sintomático: aqueles que estão nas trevas, ou vem para a luz, perto de nós, ou tentam apagar a luz, nos matar. 
Lembre de Abel e Caim, que Deus não se agradou da sua oferta. Caim poderia perguntar para Abel, "como" ele fez, ou "o que" ele fez. Caim preferiu apagar a sua luz e não perguntar como ter essa luz. 
Jesus é a luz dos homens mas os homens que estavam nas trevas não queriam ir para a luz para que as suas más obras não sejam reveladas - eles querem apagar a nossa luz. Assim como Caim fez.
Mas nós, que fomos para a luz, e dissemos que Jesus é o Senhor da minha vida, temos que assumir essa desonra. Vamos ouvir que estamos perdendo oportunidades na vida, nos sacrificando á toa, não querem mais fazer negócios conosco, não vamos ferir pessoas nem mentir, pois iremos atrapalhar a vida deles. Afinal, estamos juntos com Jesus. E é aqui que irá doer. 

E vem o "pior", quando Deus me revelou: "Você está oferecendo 'sacrifícios de louvor'? Então, assuma a desonra da cruz".

Em Hebreus 12:4, diz: "Na luta contra o pecado vocês ainda não resistiram ao ponto de derramar o próprio sangue". Chorei. Jesus no Getsêmani, estava no dilema e orou para que Deus pudesse livrá-lo, porque estava insuportável a ponto de não aguentar, transpirando sangue. Mas no mesmo instante, disse: "Antes, seja feita a Tua vontade". É isso. Entre a sua vontade e a vontade de Deus, não começamos nem a sangrar e já está reclamando?
Empenhamos nossa palavra com Deus e no final pedimos perdão e misericórdia. Nunca vamos para a cruz. Quando estou ansioso, peço oração. Quando estou triste eu choro. Quando estou aflito, eu canto louvores. Mas sangrar? Não sei o que é.
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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Sacrifícios de louvor (final) - Hebreus 13:9-16

Quando a minha vontade conflitar com a Tua, vai doer, vai sangrar, porque não confessamos "não mais a minha vontade, mas a Tua" afinal? "Não mais eu mas Cristo vive em mim"? Então, quando começar a lutar e agonizar porque a minha vontade está conflitando com a Tua, eu vou até onde eu aguentar, vou até sangrar, e quando começar a sangrar, eu saberei que a brincadeira está começando, e vou clamar pela Tua misericórdia e não abrir mão da Tua vontade. Isso, para mim, é "sacrifício de louvor". 

Para aqueles que preferem um Cristo light (como eu, até hoje, espero), tranquilo, anestésico, vamos continuar cantando no dia do culto, vamos para o apelo, fazemos a nossa vontade durante a semana, pedimos misericórdia, e tudo bem. Mas, se queremos andar com Cristo, e trazer "sacrifícios de louvor", teremos que sangrar para experimentar a liberdade que só Ele tem para nós. Porque você sabe, que esse papo de liberdade, é uma verdadeira escravidão. Aquilo que te escraviza, te domina.
Podemos invocar Jesus Cristo em nossa vida e nos libertar, verdadeiramente.

É dia de invocar o nome de Jesus Cristo, sangrar, assumir a desonra da cruz e dizer: "Jesus é o Senhor da minha vida" Hoje, é dia de libertação.
Vai doer se libertar.
Eu quero oferecer a minha vida no altar do Senhor porque não vivo mais a minha vontade, oferecer "sacrifício de louvor". Algumas coisas que eu entrego á Deus vão misturadas com meu sangue (porque arranquei de mim), minhas lágrimas, mas isso é a melhor coisa a fazer, e se eu não entregar, elas irão destruir a quem eu amo, a mim e quem me ama.
Ninguém que entrega a vida para Jesus vive pior que antes, Ele é vida abundante, a paz que excede todo entendimento, o caminho, a verdade e a vida, a fonte da água viva.
Se já fez, faça de novo, todo dia. Não importa quanto tempo demore. Entregue, mesmo que sangre.


A graça e a paz do Senhor esteja sobre todos que lerem esse texto.


sábado, 5 de dezembro de 2015

Orando - Romanos 12:12

 Tenho recebido inúmeras solicitações de oração, para os mais diversos fins. Ofereço esse esboço para aqueles que ainda não conhecem o Senhor de perto, ou mesmo tem dificuldade para orar, não sabem, ou acham uma grande bobagem, porém, são os mesmos que pedem oração, porque sabem sua eficácia, mesmo sem jamais terem experimentado. Como nos ensinou Jesus: Não seja hipócrita, não mostre algo que não é, feche a porta do seu quarto, e em silêncio, converse com o Pai, pois Ele, que o vê em secreto, o recompensará. 

Pai eterno da minha alma, que meu primeiro pensamento seja Tu. Que meu primeiro impulso seja Te adorar, e minha primeira palavra seja invocar o Teu nome, ajoelhar diante de Ti em oração, por Tua sabedoria e bondade; pelo amor infinito com que me amas, Tua misericórdia, privilégio e oportunidade em conhecê-lo; por Teu Espírito repousar em meu coração. Te louvo e Te adoro, meu Senhor!
Não me deixe pensar que minha adoração chegou ao fim e venha gastar o dia sem lembrar-me de Ti.
Mas nesses momentos venha a Tua luz, a alegria, a paz, longanimidade, domínio próprio, e permaneça comigo, Senhor.
Mantendo-me puro no pensamento.
Mantendo-me sóbrio e verdadeiro no meu falar.
Mantendo-me fiel e atento em meu trabalho.
Mantendo-me humilde.
Mantendo-me gentil e generoso no trato com as pessoas.
Mantendo-me firme nos Teus propósitos para mim.
Mantendo minha em mente a lembrança do meu eterno destino como Teu filho amado.

Em nome de Jesus Cristo, meu Senhor, amém.

sábado, 28 de novembro de 2015

Somos Templo do Espírito (pte.2) - I Coríntios 3:16,17

Na medida que nunca se falou tanto da Palavra de Deus, louvores, também nunca o povo foi tão estéril. Os sinais e maravilhas são escassos. Porque gritar e dançar desenfreadamente, falar língua estranha, 24 horas de louvor, "revelamentos", "profetadas", sacrifícios de tolo, definitivamente, não são sinais do Espírito Santo. 
Não acredito em pessoas que caem no espírito mas não conseguem andar no Espírito.
É aqui que também deixamos de ser “Templo” para sermos “Sinagoga”.
O Evangelho é simples.
Que possamos voltar ao aperto de mão e ao abraço, aos “ósculos santos”, ao doar-se, ao conviver, á imposição de mãos, para orarmos por quem necessita tendo certeza que o Deus de toda a Graça sempre visitará aos que o buscam em fé, em Espírito e verdade. Deus não busca a adoração, mas adoradores.
E isso só acontecerá, se cada um for apaixonado por Jesus, amar seu Evangelho a ponto de querer que seus melhores amigos e família, e quem mais você ame verdadeiramente, conheçam essa paz e esse amor nunca experimentamos.

Que experiência magnífica de Paulo, encontrando o Senhor no caminho de Damasco, seja também nossa experiência:
a) Caiu do cavalo (e você, já caiu?);
b) Ao se levantar reconhece a Cristo: “Quem és, Senhor?” (ao se levantar, reconheceu a Cristo como seu Senhor e único Salvador?);
c) A luz o cegou por 3 dias (“A verdadeira luz que ilumina todos os homens” – João 1:9), mas ao abrir seus olhos, houve transformação (houve transformação em sua vida?).

Essa é a oração que fiz (e faço) para minhas filhas, que elas tenham experiência transformadora com Cristo.

Acredito que, sem esse amor apaixonado, dificilmente opera a fé. E sem fé, não há curas, milagres, nem maravilhas de Deus.
Gosto da citação de Lutero:
Viver hoje, como se Jesus tivesse sido crucificado ontem, ressuscitado hoje, e voltasse amanhã”.  

Deixemos o marketing, a quantidade de membros, o cachê dos ídolos que louvam(?), propaganda enganosa, performance, luzes, vídeos, DVDs, carismas e dons que apenas nos separam.
Sejamos Templo do Espírito, geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo, e jamais ‘sinagoga’.



A paz do Senhor á todos!

Somos Tempo do Espírito (pte.1) - I Coríntios 3:16,17

Os evangelhos mostram que Jesus andava entre as pessoas, em todos os lugares e em praticamente todas as ocasiões, Jesus ensinava e pregava o reino de Deus, curando os doentes, tocando-os, expulsando demônios e espíritos de enfermidades, curando.
Praticamente, quando curava alguém de algum mal, também afirmava a Graça de Deus como perdão sobre a pessoa. O livro dos Atos dos Apóstolos fala muito dessa realidade. Entre eles, o Evangelho não era feito de textos, nem estudos, nem palestras ou discussões, nem de reflexões. Tais coisas vieram depois. Porque antes, creram que o Evangelho era poder de Deus, poder que  se derramava para curar pela imposição das mãos, pela Palavra de autoridade no nome de Jesus Cristo, em fé, e poder para vencer as forças deste mundo.  

Passado o tempo dos apóstolos aqui na terra, a igreja, a noiva de Cristo, daquele poder, milagres, ousadia, intrepidez, amor, bondade e misericórdia — foi se tornando um lugar de discussões, de pensamentos, de disputas, de quem estava com a verdade, de ‘filosofações’ sobre quem é e o que é Deus, ressurreição, encarnação e a natureza de Jesus, céu e inferno, julgamentos, campo vasto para criar heresias e distanciamento do próprio Deus. 
E, na exata medida contrária, a igreja foi se afastando do caminho de Jesus, esquecendo-se de Deus e assentando-se para falar de Deus ao invés de levantar-se para viver com Deus, conforme ensinamentos de Cristo Jesus. 

Colocando desse modo, que a igreja não se prostre sobre o caminho. Ninguém chega ao Pai, senão em Cristo – caminho, verdade e vida.
Durante o exílio em Babilônia, a sinagoga substituiu o Templo de Jerusalém para os judeus. Que a igreja de Cristo, a noiva do Senhor, não seja a reconstrução desse caminho.

A busca e referência deve ser sempre a igreja de Atos, que amava sem medo de clichês, errando talvez, mas no caminho, pois enquanto andava, se ajeitava no trajeto, não tinha ouro nem prata, mas tudo o que tinham, doavam – e doar-se, é o ato de dar de si mesmo, não de coisas. Tinham fé no poder do alto, não inventavam, já que caíam na graça do povo, pois o Espírito lhes fora dado e Deus era quem acrescentava aqueles que deveriam ser salvos. 
A igreja de hoje é odiada devido aos que, erroneamente, levam o nome de Cristo. Infelizmente, é uma verdade. 
Em Atos, eles creram que agir como Jesus agiu, era sua única missão, pois o próprio Jesus dissera que Ele os enviaria assim como o Pai o enviou. Se somarmos a isso, que Jesus nos disse que faríamos obras maiores, não é possível pensar que estamos no lugar certo, fazendo o que é certo e na direção correta.

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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Família, faça o que gostaria que te fizessem (pte.1) - Lucas 6:31

Família é convívio, criação, ensino, aprendizado, vida, personalidades diferentes, crises pessoais e existenciais, competições, dissimulações, inveja, ceder espaço, desvios do caminho natural, medos, excesso de amor e amor de menos. Tudo isso vemos na família.
O caráter individual forma o conjunto chamado família. O paradoxo, e que causa mais estranheza, é que a família é a solução dos problemas sociais, base formadora do caráter, moral, ética, respeito e amor ao próximo. Porém, é nessa mesma matriz, família, que o ser humano se desconfigura. Onde ele pode ser rejeitado, humilhado, expurgado, desprestigiado, marcando profundamente sua personalidade a ponto de optar em não se relacionar com mais ninguém, e ainda faz vítimas. 

A Bíblia fala da família sem romantismo ou mentiras, justamente para não seguirmos tais exemplos. Apesar de ser lugar de vida e esperança para o ser humano, quem não cuida dos seus, nega a fé, e é pior que um descrente (I Timóteo 5:8), pois continua a ser nosso primeiro ministério, primeiro plano de Deus para o homem, e o Pai espera que sejamos gente como gente deve que ser, e vivamos uma vida como a vida deve ser vivida. E nada melhor que a família, não o que querem transformá-la neste presente século. O indivíduo, com seu caráter, afeta todo o relacionamento familiar, que é coletivo.
Na família vivemos as alegrias e os dramas, pode ser a ferida, mas também a maior cura e o melhor bálsamo que já provamos. Acredite. 

As relações de casamento são puras, a começar pelo noivo, Jesus, que virá buscar a sua noiva, a igreja. Tal analogia é para que entendamos o princípio de lar, família, santidade, que Deus quer para nós.
Na exata proporção contrária, o profeta Oséias conheceu o casamento por ordem divina, vergonhosamente, ao dar recado aos judeus, quando casou com Gomer, prostituta, para que Deus mostrasse como Ele via Israel. 

Eva, induziu o homem, Adão. Mas, a pergunta fica: onde estava ele que não a impediu? Geraram Caim e Abel, ódio e inveja, no 1º homicídio. Noé, embriagado, a ponto de andar nu, foi vítima de seu filho. Assim como José e seus irmãos, inveja e ciúmes; os filhos de Eli (Hofni e Finéias), denunciados por Samuel, que ungiu Davi, também não foi feliz com seus filhos, e são o resultado da má educação dos pais: desrespeito. A mesma inveja entre os irmãos, Arão, Miriam e Moisés. Saul, pai. Jônatas, filho. Separados até a morte.

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Família, faça o que gostaria que te fizessem (pte.2) - Lucas 6:31

 Dois (2) exemplos para falar de família:
1) Abraão andou com Deus, e a despeito de nunca ter ouvido aquela voz, obedeceu. Falhou, é verdade, mas teve experiências com Deus como nenhum outro. Deus mandou: "saia da casa de teu pai", e ele levou seu pai. Atrasou, foi para o Egito, mentiu, usou Sara, sua esposa para se proteger (quem gostaria de um marido assim?) Em seguida, desobedeceu novamente e levou seu sobrinho Ló. Deus é misericordioso mesmo.
Não para por aqui. Poderia falar sobre Sara e Hagar, uma bomba na família, a desobediência á Deus leva Ismael (filho de Hagar) e Isaque (filho de Sara e da promessa), e suas descendências, a um ódio mortal, mesmo sendo parentes próximos (Israel e Palestina); Raquel e Lia, desgraça: duas irmãs disputando um mesmo homem durante uma vida inteira?; Jacó e Esaú, tragédia que se repete nos dias de hoje: pai e mãe que tem preferência por filho, e que Jacó repetiu a mentira de Abraão, expondo sua esposa, para salvar a própria pele. 

2) Davi, merecia um capítulo á parte. Julgado pela família, pior relação sogro/genro da Bíblia, um casamento político, e além de ser homicida, adulterou consciente, pois Bate-Seba era casada com seu amigo: desejo, prazer, luxúria, engano e morte. O filho, fruto dessa união desastrosa, claro, não sobreviveu. E nos deu uma grande lição. Pai relapso, os filhos foram criados soltos, sua filha Tamar é estuprada pelo irmão, Amnon (incesto); seu outro filho, Absalão, se vinga pela irmã (fratricídio). E diante da inoperância de Davi, insurge para tomar o trono do próprio pai. Qual a raiz que cresceu neste lar? Rebeldia. O que restou diante de tanta desobediência? Morte. 

A Bíblia jamais nos escondeu esses exemplos de família para jamais o seguíssemos, para que soubéssemos quem é Deus e quem é o homem. Quem é o servo e quem é o Senhor.

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Família, faça o que gostaria que te fizessem (pte.3) - Lucas 6:31



Acho interessante que há 2 coisas que Jesus diz sobre família: 
1) A família é a última a enxergar a gente (Marcos 3:21); 
2) Jesus diz: "Mulher, eis aí o teu filho" e "Eis aí sua mãe" (João 19:26,27).
O que eu vejo é que, a família biológica não nos enxerga como 'espiritual'. E é apenas na cruz que as pessoas percebem umas ás outras, verdadeiramente. Jesus diz ao coração do indivíduo, pois a família é uma coletânea de indivíduos. Assim como um corpo tem muitos membros.
O Evangelho é a boa nova, a mensagem de Deus para as pessoas que formam a família. Os princípios para a vida, para a formação do caráter, são os mesmos para a família, pois tratam o indivíduo, e só então, poderá interagir no coletivo chamado família. 

"Como querem que outros lhes façam, façam também vocês a eles" (Lucas 6:31) 

Quem sentir no coração, contribua. Quantas vezes devo perdoar? São 70x7, ou seja, 490. E se você achou um número alto, é porque está preocupado em quantas vezes terá que perdoar, já está com o pé no farisaismo. Porque o foco aqui não é "quantas vezes", e sim, a pessoa que você vai libertar com seu perdão. Ela é o foco. Porém, alguns se enganam quando pensam que perdoar é continuar a viver uma relação doentia. Não. Posso perdoar, e não necessariamente, andar com essa pessoa. Perdão não é prisão, é libertação. 

Um filho aventureiro pode produzir um sentimento de amargura em seu irmão, que não foi mas queria ter ido e é por demais correto. Ou quer ser. Isso causa inveja e mágoa na família.
Ao começar seu ministério numa festa de casamento, onde melhorou o vinho, Jesus aponta para a questão da qualidade do relacionamento humano, seu vínculo e sua celebração. Engraçado como algumas pessoas esquecem que uma qualidade de Deus é "regozijar-se". Papel de certidão, convite e liturgia religiosa, são de César. Mas o casamento, corpo, alma e espírito, são de Deus.
Casamento é casulo, e nele, lagartas tem que virar borboletas, regido pelo amor. Mas na maioria das vezes geram serpentes.
Que os homens não queiram apenas a submissão que consta na Palavra (Efésios 5:21,22), pela admiração. Assim como as mulheres. A vida em si já é difícil, portanto, que a vida no casamento seja leve, permitindo assim que a vida em família continue leve. O desejo no Velho Testamento, de que os pais convertessem os corações aos filhos, e os filhos se convertessem aos pais (Malaquias 4:6), aponta para Cristo, mas apenas quando o Cristo viesse. Ele veio, andou entre nós e subiu aos céus. Pronto, eu e você podemos fazer parte da vida de Deus.


Em Cristo, que podemos trocar o nosso jugo.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Quem adora ídolos se torna igual (pte.2) - Salmos 115:1-9

Qual é o maior ídolo? 
Nós mesmos. Nos achamos o máximo, nos adoramos. Orgulho. Sou o centro do universo. 
Porque ficamos tristes, infelizes, magoados? Simples, porque chove no dia que não queremos e faz sol no dia que não queremos, assim nossas vontades não são satisfeitas. E a Bíblia diz que, de tanto nos acharmos o centro do universo, acabamos sendo o centro da nossa vida, egocêntricos, o centro do meu universo. Eu sou o deus, e como tal, tenho que ser adorado, minha vontade satisfeita. Me torno prisioneiro dentro de mim, refém da "vanglória" (glória vã) mesmo porque, tenho olhos mas não vejo (fora de mim), tenho ouvidos mas não ouço nada que vem de fora da minha consciência, tenho nariz mas não tenho sensibilidade, que como ovelhas, não sinto o cheiro do meu pastor. Habito a escuridão do meu próprio ego. 
Nada de fora me chega e não caminho para fora. 
Quem não ouve ninguém, perde as pessoas que as ouvia.
Eu ouço o pastor, mas se o pastor não me ouve, eu deixo de ouvi-lo. Deixo de ouvir, e ele pensa que é ouvido.
Sou menos que humano, escravizado do próprio ego, na escuridão da minha própria alma: me tornei igual ao ídolo que eu adoro. E quando mostramos que eu sei, eu consigo, eu posso e me garanto, recuso a vida que o Senhor tem pra mim. Quando percebo, estou "coisificado". 

Entendeu que não é o centro do universo? Jesus é o centro. Quer ser gente de novo? Então vai, tocar em Cristo. 

Quantos de nós ouvimos: "Ele não vê nada...". Perdeu a capacidade de ver tudo, trancado em si mesmo, se adora e não quer repartir a escuridão, não consegue descobrir que tem escuridão dentro dele. Ele só reclama, sua boca não consegue dizer algo agradável, nem louvar a Deus, porque o mundo não é como ele gostaria que fosse, nem sua esposa é, o trabalho também, os filhos também. 
Quando Jesus chamar, dirá: "Onde, Senhor?". Não ouvirá, nem verá onde está, porque está cego. Não conseguirá chegar até Jesus pois seus pés estão amarrados. Não conseguirá tampouco tocar em Jesus, não vai conseguir, porque suas mãos estão atrofiadas.

Creia, Jesus veio para nos dar vida em abundância: "Deixe-me salvar você!"
Deus quer nos transformar em gente grande (http://marcioneves67.blogspot.com.br/2014/10/viver-como-gente-grande-pte1-lucas-2413.html), através de Jesus, que se restaure em mim o ser humano que deixou de ser: uma boca que transmita graça; capacidade de usar minhas mãos e meus pés, que eu possa ouvir Sua voz e sensibilidade para ouvir pessoas que nos amam; nos abra os olhos, me faz gente como gente deve ser.
Tudo é dádiva de Senhor. Reconheço que a minha vida é tua. Não á nós, mas ao Teu glorioso nome.
Eu creio.



Em Cristo, que nos cura as feridas para que saibamos que a glória é dEle.

Quem adora ídolos se torna igual (pte.1) - Salmos 115:1-9

Nenhuma glória para nós, mas ao Deus que está nos céus. Em Salmos 115, nos diz que seu povo (Israel) não adora seu verdadeiro Deus e corre atrás de ídolos, assim se desconfigura como povo e como filhos de Deus.

No livro do profeta Oséias, o povo de Israel é chamado de "filho" por Deus (Oséias 11:1). Era o povo para expressar a glória de Deus, era para ser luz para todas as nações, mas se iguala aos outros, se desconfigura, se tornando como seus ídolos: tem boca mas não fala, tem olhos mas não vêem, tem pés, mas não andam, tem mãos mas não tocam, tem ouvidos mas não ouvem. Assim somos nós também. 

Então Jesus começa a agir: Um homem com demônio, era mudo (Lucas 11:14) - "tem boca mas não fala". Jesus o libertou e o homem começa a falar. 
A caminho de Jericó (Lucas 18:35), encontra um cego - "tem olhos mas não vê". Jesus o cura e agora, o homem vê.
Um paralítico (João 5:5) no tanque de Betesda - "tem pés mas não andam". É também curado.
Um homem com mão atrofiada (Lucas 6:10) - "tem mão mas não pode pegar ou apalpar". Jesus o cura. 

Observe que Jesus não atua nos milagres. Não usa milagres como forma de abençoar alguns em detrimento de outros, ou para nos dar conforto, mas fala claramente que Ele é o Filho de Deus, não pelos sinais, mas porque só Ele tira alguém das trevas e traz para sua maravilhosa luz. 

E o que isso tem a ver conosco?
O pecado nos afasta de Deus. Antes de pecar, vem a desumanização, nos faz menos seres humanos, nos coisifica, nos bestializa. O pecado vai levando embora nossa humanidade, e cobre nossos ouvidos e olhos, trava nossa língua, mãos e pernas. E na Bíblia, as limitações físicas, são como sinais. E são as menores das limitações, pois quem não perdoa ou não ama, é mais limitado do que quem não enxerga ou não anda.
Israel abandonou a Deus, se desconfigurou, e hoje, diz o mesmo á nós: "Vocês foram se desconfigurando, deixaram de ser gente, pois se afastaram de mim!

Todo pecado nos afasta da presença de Deus, mas a idolatria, nos condiciona a sermos o oposto, mais iguais á satanás do que de Deus. O oposto da fé é idolatria. Não é não crer em Deus, é crer em outro deus.

(leia a continuação)

Jesus ou seus milagres? - João 20:30,31



Muitos outros sinais fez Jesus, mas nem todos eles estão no Novo Testamento, e isso é para que creiamos em Jesus como Filho de Deus.
Os sinais e milagres são o que menos importam, pois como diz o ditado "o sábio aponta para a lua e o tolo observa o dedo". Muitos ainda estão olhando para o dedo. 
Sim, Jesus pode fazer milagres, como sempre fez, mas corremos o risco de nos perdermos olhando para os milagres, nos encantarmos, seduzidos pelas maravilhas dos milagres, e não buscamos a Cristo, por quem Ele é: o ungido, Filho do Deus vivo. E acabamos olhando apenas os milagres.
Os sinais apontam numa direção, e se prestarmos atenção não só nos milagres, entenderemos coisas profundas. Se olharmos apenas os milagres, não teremos a revelação do Espírito Santo para nós (a mesma revelação que Pedro teve) e perderemos a realidade por eles revelados: Jesus é o Cristo, o verbo, o pão nosso, maravilhoso conselheiro, Deus forte, príncipe da paz, Filho do Deus vivo. 
E, por isso, faz milagres. Isso faz toda a diferença. 

Jesus não fez nenhum milagre para provar que Ele era Deus. Fez milagres como sinais da sua identidade, de que era o Cristo, o ungido, o escolhido, o Messias esperado por Israel. Milagres são palavra de Deus ao coração de Israel e testemunho de Deus sobre aquEle a quem Deus escolheu: "Esse aqui é o Cristo!".
E tudo o que fez, esvaziado da Sua glória como Deus, é porque era um homem inteiramente entregue ao Espírito Santo de Deus: (http://marcioneves67.blogspot.com.br/2015/09/o-espirito-do-senhor-esta-sobre-mim_24.html) "O Espirito Santo de Deus está sobre mim! Tudo o que farei a partir de agora, o farei não porque sou Deus, mas porque sou filho, em obediência, ungido pelo Espírito Santo, capacitado para o fazer, e vocês receberão testemunho de quem sou". 

E então Jesus começa a gir na comunidade, e as pessoas percebem, os doutores da lei, o sinédrio (tribunal religioso), especialmente. Á medida que Jesus agia, o povo era convencido e questionavam: "Este é ou não o messias?".
Os milagres eram sinais da identidade de Jesus.



Em Cristo, que apesar de ser Filho, se humilhou, e nos mostrou o caminho, a verdade e a vida, nEle mesmo.

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Inveja e cobiça (pte.2) - Tiago 4:1-6 e Tiago 4:10

Substituição e acumulação. É nosso modus vivendi, é a nossa sociedade, ou a Babilônia. Em Apocalipse 18 Deus julga a Babilônia, que é foi um grande comércio, vendendo desde tecidos finos, ouro, ervas, madeira, e até corpos e almas humanas. Um grande mercado. São Paulo, Rio de Janeiro, Nova York, Itatiba, são grandes Babilônias - pode-se comprar o que quiser, quando e onde quiser. Nelson Rodrigues dizia que dinheiro compra até amor verdadeiro. Quem inventou isso foi Lúcifer, que entendeu que felicidade é não ter desejo sem realização, que feliz é o ego que não passa vontade, quando tem vontade, corre e a satisfaz, feliz é quem não espera. Tomo posse, me satisfaz e não passo vontade. 

Mateus 4: "Jesus, você está com fome? Transforma essas pedras em pão... não é você o Filho de Deus?"; "Auto-imagem abalada, sozinho? Pula do Pináculo, vai aparecer em todas os jornais e TVs. Será adorado e aplaudido"; "Tem vontade ou desejo que brilha na vitrine? Não passe vontade, eu te dou tudo! Você pode ter tudo o que você quiser, você afinal, é o Filho de Deus!"

Os livros de auto-ajuda tinham que ter prefácio de Lúcifer, pois promete felicidade, solução para tudo, que não pode passar necessidade, pois você é Filho do Rei, não é mesmo? 

O Pai é amor. O Filho não fala de felicidade, e o caminho do Filho de Deus é amor. Porque o caminho do egocentrismo (só eu!), é o caminho de Lúcifer. E isso gera toda a competição citada acima. Jesus sabe que todos somos um, se estamos em Cristo, ele está no Pai. O irmão é um pedação de mim que está fora de mim.
"Onde está o seu irmão?" (Gênesis 4:9)
Você pode responder "Sou eu guardador do meu irmão!", como Caim, ou responder: "Está aqui, Senhor, comigo, junto e misturado!".
Temos que ser um, nenhum homem é uma ilha. Há muitos homens que estão "fora". enquanto não der pão a quem tem fome, posso comer muito pão, mas nunca estarei satisfeito. enquanto houver alguém sem pão, roupa, preso, sem festa, com sede e fome. Enquanto do outro lado da minha janela tiver alguém com fome, uma parte de mim não estará satisfeita, terá fome. 
Isso é amor e não cabe em si. 

Quanto mais esqueço de mim mais bem-aventurado sou. Porque assim, estaremos mais perto de Deus. Nada faltará porque Ele é meu pastor, porque se Ele não deu, eu não preciso, e se Ele me deu, eu distribuo, porque não é meu, só administro.


Em Cristo, que se humilhou perante o Senhor, nos deu o exemplo, e ao seu tempo, foi exaltado.

Inveja e cobiça (pte.1) - Tiago 4:1-6 e Tiago 4:10

O mundo hoje está em guerra, não apenas o ocidente e oriente, cristianismo e muçulmanos, católicos e protestantes, petróleo, partidos políticos ou pretos e brancos. Há uma violência geral. E numa instância menor, uma violência dentro de casa: pedofilia, casais que não querem se entender, competição, egoísmo, altivez, desamor, como tivéssemos adversários.
A força motriz: inveja cobiça. 
Desejamos e invejamos o que não somos nem temos, queremos e não temos a plenitude, a felicidade. Olhamos para pessoas, a qual elegemos como pessoas felizes, que tem a "cara" de felicidade, são populares, admiradas, devem ser feliz. E isso é inconsciente, profundo e inconfessável.
Gostaríamos de ser e ocupar o lugar delas. Não podemos. Então, compramos o que elas tem para nos parecer com elas (e nos fazer passar por 'pessoas felizes'): roupa, smartphone, carro, frequentar bares e restaurantes, o emprego, o salário, morar no mesmo bairro. Desejamos por imitação. Só que isso é o exterior. 

Hoje há menos restaurantes finos que pessoas aguardando para entrar. Esse ambiente é para poucos. Há menos sandálias que pés aguardando para usá-los. E corremos para comprar o que não precisamos, ser aquilo que não somos, pagar com o que não temos, para mostrar para quem não gostamos, aquilo que não somos.
E nessa "corrida" pelo emprego, pelo smartphone, creme renew, bolsas e sandálias, damos soco, pontapé, soco no olho, cascudão, cotovelada, rasteira e uma voadora no próximo, puxamos seu tapete, corrompemos, damos gorgeta, falamos mal pelas costas, matamos espiritualmente, puxamos o saco, ou seja, chegar primeiro passando por cima dos outros, competindo entre nós torna-se válido para sermos quem queremos ser, sem nunca ter sido. Brigamos sem ninguém saber o porquê dessa briga. A busca por felicidade nos faz entrar em competição. 

Todos tem acesso aos privilégios - cartão de crédito, cheque especial, empréstimos, prestações. Somos essa parcela da sociedade que vive a tentação em ceder ao discurso daqueles que dizem saber o que precisamos para sermos bem sucedidos. Tanta violência vem da inveja e da cobiça. Desejamos, competindo por aquilo que as pessoas tem, e nós não, trazendo o mundo para dentro de nossas vidas.
O texto de Tiago 1: 4-6, falou disso, há quase 2 mil anos. 

O caminho onde a sociedade, individualista e consumista, vive pela acumulação. Isso é pensar na minha felicidade - "tenho direitos, não?".

Mas, isso trará felicidade á você? O que tem nas lojas e sites para você comprar trará felicidade? Matará sua fome? Vai substituindo, de tempos em tempos, uma coisa pela outra. Um curso, um celular, uma carreira, um dinheiro, uma sandália, uma TV, e até pessoas.

(leia a continuação)

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Servir (pte.2) - Lucas 10:38-42

 Assim como nós, que saímos para pregar o Evangelho, ouvimos o chamado do "ide" ("eis-me aqui" ou "usa-me"), estamos não só adorando, mas servindo. 
Não é "melhor", é apenas "maduro", mais profundo. Pois as pessoas como Marta, continuam a adorar ao Senhor, sabedor que um adorador é aquele que adora a Deus, em espírito e em verdade e nesse espírito vamos produzir, semear e colher, pregar o Evangelho em tempo e fora de tempo. Entendo que Jesus disse para Marta que há tempo para tudo. 
Se alguém adora a Cristo, é porque o reconhece como Deus. Hoje, sabemos quem é Jesus - Marta e Maria ainda não haviam visto Jesus ressuscitar. Sabemos que o Espírito Santo já foi derramado sobre toda a carne (Romanos 5:5), e todos sabem quem é Deus (até os ímpios). Portanto, quando saímos para "servir" o próximo, amando-o, é com a direção do Espírito Santo. O excesso de serviço também causa males e dor, mas antecipo que a obra de Deus não é pesada a ninguém. 

Deus vem em primeiro lugar, depois a família e depois o trabalho. Digo isso baseado no que Marta fez aqui. 
A ansiedade é o medo do futuro e deixa o rosto abatido. Porém, o coração alegre aformoseia o rosto (Provérbios15:13), e Marta servia com seu coração. 

Ao lermos essa história, sempre ouvi e vi Marta de modo negativo e Maria de modo positivo. Marta, no entanto, se colocou á frente para servir. Maria, se omitiu em servir, e só achegou quando tudo estava pronto. Assim como Marta, devemos servir, demonstrar que a oportunidade de mostrar nosso carinho e gratidão por quem nos dá o privilégio em tê-los como companhia. 

Maria escolheu a melhor parte, Jesus. Isso é amar a Deus sobre todas as coisas.
E Marta escolheu servir, com o melhor que podia. E isso é amor ao próximo como a ti mesmo.
Como eu disse no início, aprendemos em dobro nesse texto.


Em Cristo, onde o fim da lei é toda a graça. 

Servir (pte.1) - Lucas 10:38-42

 Marta e Maria nos oferecem um aprendizado duplo. Criadas em Betânia, irmãs de Lázaro, amigo do Senhor Jesus. Em suas personalidades diferentes, amavam a Jesus.
Muito se fala de Maria pois "escolheu a melhor parte" (Lucas 10:42), pois ficou ao lado de Jesus, enquanto Marta se preocupou com o jantar e arrumação da casa, estava inquieta com o trabalho sem ajuda. Essa é uma qualidade rara na mulheres modernas, ser hospitaleira, receber bem, com amor e alegria (I Pedro 4:9).
Você pode até pensar que Jesus a censurou, e o fez mesmo, mas criticou o "excesso" de serviço, não o servir. Marta já pertencia ao Senhor Jesus. 

Apesar de Marta ter reclamado enquanto fazia tudo sozinha (Lucas 10:40), não podemos desviar nosso olhar do zelo e amor com que fazia o jantar e preparava a casa, para a vinda de Jesus. Assim como nós, servos do Senhor, aguardamos a sua volta. E quem, senão Marta, faria o jantar e prepararia a casa para a visita de Jesus? É necessário organização para dar prioridade ao que é urgente e o que é imprescindível. Afinal, não podemos fazer a obra de Deus relaxadamente, quem relaxa é irmão do que destrói (Provérbios 18:9). Ninguém pode dizer que ela não amava a Jesus pois além de também escolher a melhor parte, optou em "servir". Maria, no entanto, só o adorava. Comparo Maria aos que se sentem confortáveis na igreja, sempre no mesmo lugar, no mesmo horário, e louvam, choram, são 'crentes' na igreja. Mas, "servem" a quem? Deixam do seu tempo para "servir" o próximo? Cedem espaço em suas vidas? Aqui a crítica é ao excesso de serviço, que se torna um fardo pesado.
Porque Marta, somos nós, trabalhadores da vinha onde os campos estão brancos. Quando Jesus a repreende é no sentido de "esteja comigo, assim como sua irmã, pois amanhã não estarei mais entre vocês". 

A maneira de Marta demonstrar seu carinho e amor por Jesus era servindo, trabalhando, suprindo a necessidade alheia, que fazia de todo coração. Marta adorou o Senhor e após isso, queria servir. E apesar de não gostar de comparações, é a diferença de Maria, que assim como muitos, continuam adorando, adorando e adorando, mas esquecem que Deus quer que saiamos do leitinho e comecemos a comer alimento sólido, ou seja, amadureçamos. 

E isso, nada tem a ver com deixar de adorar, mas acrescentar o servir. 
Vejo isso no "servir" de Marta. Maria adorava apenas. E fico muito tranquilo para dizer isso, pois há chamados diferentes para nós.

(leia a continuação)

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

O Espírito do Senhor está sobre mim (pte.1) - Isaías 61:1-3

 O texto de Isaías 61:1-3 foi lido por Jesus ao voltar para Nazaré, com as pessoas com quem cresceu, que já o conheciam, meio que se apresentando como o Filho de Deus e seu ministério. ao ler, apresentou á Israel o Messias, e neste dia, se cumpriu a Palavra que dizia que o Espírito do Senhor estava sobre Ele. 
Mas porque Jesus precisava da interferência e capacitação do Espírito Santo? A resposta está em Filipenses 2:5-8 e nos exorta a buscar o mesmo que Jesus buscou: Não ser igual a Deus, esvaziou-se e assumiu a forma de servo, se tornando homem, e se humilhando, obediente, morrendo na cruz. Isso é desapego e obediência. 

Apesar de ser o Filho de Deus, segunda pessoa da Trindade, desfez-se da Sua glória, não exigiu ser o Rei dos reis, e ao desapegar-se, assume a forma de servo, mostrando como um homem, como eu e você, devemos ser. 

Ainda assim, porque Jesus precisaria do Espírito Santo? Para cumprir toda a profecia de Isaías 61:1-3 (leia!) e vencer a morte, pois nada do que foi profetizado poderia ser feito. Como homens, esse é o mal irremediável, a morte. Mas Ele ressuscitou, e essa é a diferença, venceu a morte, triunfou sobre a morte e a venceu para sempre. Para isso Ele foi ungido, para morrer e ressuscitar, herdar um corpo que jamais experimentará a morte outra vez. 
Nascer de uma virgem e habitar num corpo mortal, precisaria do Espírito Santo (lembrando que o Espírito Santo foi derramado sobre toda carne em Atos) porque o Senhor da vida, eterno, agora vive num corpo que pode adoecer, onde a vida e o corpo carrega o resultado da queda humana (Gênesis 2:17), o que dignifica ainda mais o sacrifício feito de uma só vez e para sempre exaltado. Por habitar num corpo que padece para nos mostrar que "sim, é possível não pecar enquanto homem", o Senhor precisa do Espírito Santo.

(leia a continuação)

O Espírito do Senhor está sobre mim (pte.2) - Isaías 61:1-3

Jesus suportou graças ao Espírito Santo que estava com Ele, pois não foi a tentação em si, mas o seu corpo que pedia ajuda, era fome e sede, cansaço, carência gerada. Algo que nunca experimentaremos. Como Jesus resistiu?
- "O Espírito Santo está sobre mim" (Isaías 61:1), essa é a resposta. Toda a resistência vinha do Espírito Santo. Jesus abriu mão das prerrogativas divinas e habitou num corpo humano experimentando as dores e a morte. Isaías 53 descreve Jesus como "homem de dores...fomos sarados (procurar). 

Vemos por aí um Jesus demonstrado como super-herói, intocável, galã, dando autógrafo. engano, Ele era comum. Tão comum a ponto de seu traidor Judas ter que identificá-lo com um beijo, caso contrário, não saberiam quem era em meio aos discípulos. Em Hebreus 5:7,8 mostra um Jesus humano, sofrendo e chorando como um homem. Mostra um Jesus não querendo ir para a cruz. A oração de Jesus era para que morresse em missão pelos nossos pecados, não pelos dEle. Nosso corpo mortal cobra, o tempo todo. 

Estamos sendo reconstruídos pelo Pai, através de Cristo. O Espírito do Senhor está sobre mim, Ele me capacita, posso vencer as demandas do meu corpo. Aliás, a vitória não é não sofrer, mas não ser derrotado pelo sofrimento. Agora estou num estado de obediência e humilhação sob a mão de Deus, me capacitando na missão que recebi, pois o Espírito do Senhor está sobre mim.
Se eu levantar, estou com Jesus.
Se não levantar, Jesus está comigo. 

Para todas as perguntas a resposta é sempre a mesma: O Espírito do Senhor está sobre mim, e diante disso, todas as coisas serão capacitadas em você, para que se cumpra o que Deus quer que você faça. Portanto, não se omita, pegue no arado. Os campos estão brancos. Lembre que nem Jesus de Nazaré conseguiria sem o Espírito do Senhor sobre Ele. 

A missão é ser pai como Jesus seria. Não serei sem o Espírito do Senhor. A missão é ser filho como Jesus seria. Não serei sem o Espírito do Senhor. A missão é ser cônjuge como Jesus seria. Não serei sem o Espírito do Senhor. Minha missão é ser vizinho como Jesus seria. Não serei sem o Espírito do Senhor. Minha missão é ser agente de Cristo em todos os lugares onde for. Caso contrário, serei derrotado pela vaidade, orgulho, altivez de espírito. Preciso entender o Espírito do Senhor sobre mim. 

Que eu viva como o Senhor Jesus quer que eu viva, que eu leve o amor, o perdão, o bom conselho, o caminho, a vida, correção, para que através do Espírito Santo, haja arrependimento.
Não vou resolver minha própria vida, mas a vida do outro que talvez nem conheça a Deus. Sonda-nos, Senhor. E veja se há algum caminho mau.
Amém.

sábado, 22 de agosto de 2015

Entendendo o Salmos 23

O Senhor é o meu pastor
- Relacionamento. Se você o reconhece como seu pastor, e o chama de Senhor, já se colocou corretamente como servo.
E nada me faltará
- Suprirá sua necessidade.
Deitar-me faz em verdes pastos
- Deus quer que você descanse.
Guia-me ás águas tranquilas
- Aquieta-te, descansa no Senhor.
Refrigera minha alma
- Cura.
Guia-me pelas veredas da justiça
- Direção.
Por amor do Teu nome
- Propósito. Não por quem sou, mas por quem Ele é.
Ainda que eu andasse pelo vale da sombra e da morte
- Passaremos por desertos, lutas, provas.
Não temeria mal algum pois estás comigo
- Podemos ter certeza de Sua fidelidade.
Tua vara e Teu cajado me consolam
- Disciplina e direção. Como a um pai, se necessário for.
Preparas uma mesa na presença do meu inimigo
- Esperança. Nos levantará na presença daqueles que não acreditaram.
Unge minha cabeça com óleo
- Consagração. Nossa vida ao Senhor, e azeite, é o Espírito Santo. 
E o meu cálice transborda
- Deus quer uma vida mais que abundante para nós.
Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão, todos os dias da minha vida
- Benção. Ser fiel até o fim.
E habitarei na casa do Senhor
- Segurança. Encontrei Teus altares, Senhor!
Para todo sempre...amém!
- Que assim seja, eternamente.


NEle, que nos escolheu, nos tirou da lama, pediu nosso fardo, trocou as cinzas pela alegria, se entregou á morte por nós e ainda nos chamou de amigos. Que amor é esse?

De quem devo ser o próximo? (pte.3) - Lucas 10:25-37



Jesus, percebendo que, mais que uma cilada, agora o fariseu falava de si mesmo, apresentou-lhe então a Parábola do bom samaritano, e este fariseu é do mesmo tipo que se comparou ao publicano, dizendo não ser igual, mas melhor que ele. Porém, o samaritano ensina de quem devo ser o próximo, comparativamente a nós, crentes, ele poderia ser um católico, umbandista, espírita, ou outra religião, mas o que importa é que não passou de lado, mas se compadeceu, parou sua vida para ajudar. E só estamos presentes na vida das pessoas quando há compaixão - o que angustia o outro também nos angustia (Tiago 2:15-17). E isso não é nosso, vem de Deus. 

Ao parar, o samaritano deixou sua vida de lado para estar presente e servir. Cedeu seu tempo, também cedeu remédio, compaixão, espaço na montaria e se responsabilizou por ele, algo que fugimos, e cedeu dinheiro. E nunca tinha visto aquela pessoa. Esse é o grande desafio, estar tão presente a ponto de fazermos a diferença. 

Esse samaritano da parábola nos dá uma lição percebendo a dor do outro, com compaixão. Nossa presença afeta o outro, pois para estar presente, é necessário abrir mão do mundo pessoal e particular e entender a urgência do próximo. Parar para ouvir, curar, orar, servir. O samaritano viu o necessitado, imediatamente suspendeu seus afazeres e se fez presente, e o serviu: encontrou alguém que precisava dele. Estar presente na necessidade do outro, muda seu futuro. 

Jesus deixou claro ao fariseu que ele entendeu tudo o que foi escrito, mas não entendeu nada sobre quem escreveu. 

O amor de Deus sobre nós extravasa, e abençoamos os necessitados á nossa volta. Nossa missão é dizer á toda humanidade que Deus não se esqueceu deles. E, através do Espírito Santo, ajudamos a reconstruir pessoas. Um samaritano passar por aquele caminho, é a maior prova da misericórdia de Deus. 
Se Deus permitir que você esteja presente quando alguém precise, e sua presença fizer diferença, sua existência estará justificada. A Graça te alcançou. 

A pergunta que deveria ter sido feita é: 
- "De quem eu devo ser o próximo?". 
Porque então, a resposta seria: 
- "De todo aquele que precisar!"


NEle, onde esteve, está e estará presente, sempre, servindo.