quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Perdoar traz cura (pte.3) - Lv 19.18

 

Desta forma, já não se trata do mal que nos fizeram, mas o mal contínuo praticado em quem eu encontrar. Se acredito que todos são maus, meu relacionamento será competitivo, de forma a mostrar os mecanismos de defesa, sempre: "O que estou fazendo, nada mais é o que um dia me fizeram". Pronto, estamos todos justificados.

Veja que na Palavra de Deus, José preferiu ter uma família (perdoou) do que praticar a vingança. José preferiu pessoas. Porque a Igreja do Senhor não tem preferência por pessoas? A falsa sensação de estarmos equilibrados quando nos vingamos, deve ser a razão de Deus nos dizer: "Minha é a vingança" (Rm 12.19) porque é justamente em nós que não há justiça alguma pois empurramos as pessoas para bem longe de nós - mas Deus não mandou amar o próximo? Se José se vingasse, devolvendo o mal que lhe fizeram, estaria cortando qualquer vínculo familiar, e este é o caminho para a solidão. Quem vive de ressentimentos, expulsa todos de sua vida e ainda vive sozinho.

Onde estão as pessoas da sua vida? Expulsou-as da sua vida? Ficou com o rancor e ressentimento e abriu mão da família, por vingança?

Seja como criança, que briga, chora, se afasta, fica de mau, e daqui há pouco, está brincando de novo, porque elas perdoam. As crianças preferem ser felizes do que ter razão, optaram pelo perdão, pelo amor, criança não se vinga nem prepara armadilhas. O rabino Harold Kushner diz algo, e é por isso que gosto de seus livros: "Os adultos que brigaram por causa da briga de seus filhos, nunca mais se falarão".

(leia a continuação)

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