domingo, 24 de janeiro de 2021

Sofrimento e esperança (pte.5) - Pv 13.12 + Pv 17.22

 

Lidamos com nosso sofrimento de modo a entender algo que faça sentido para tanta dor e sofrimento, ao mesmo tempo que tentamos nos justificar, e acabamos colocando Deus como tolo, incompetente, sádico ou maligno, como por exemplo, permitir um mal para evitar um mal maior - algo que honestamente, acreditei durante muito tempo! Faz sentido? Matar pessoas? Que Deus é esse que você serve? Sim, o povo hebreu viveu a era em que o homem desconhecia Deus, portanto, eram necessárias as regras e mandamentos. Passamos a era de Cristo, reconhecimento da Graça, do amor, a garantir que era possível viver sem pecar, viver para o Pai. E agora, vivemos a era do Espírito Santo de Deus - paracletus, o consolador, talvez a última era para a Salvação.

As coisas ruins que acontecem são livramentos (demorei tempos para entender isso), afinal todas as coisas acontecem para o bem daqueles que amam a Deus, segundo o chamado de Seu propósito (Rm 8.28), não é? Devemos agradecer a oração não respondida, que não se encaminharam conforme pedimos, ou coisas que achávamos ruins mas foram boas.

Fico com medo quando ouço que Deus tem um "propósito" para o meu sofrimento. O propósito de Deus é vida, e vida em abundância, não a morte! Nós não amamos, nós não perdoamos, nós falhamos e pecamos, logo, construímos coisas que deixam Deus fora dessa equação - e é dessa forma que os homens atribuem a Deus a culpa por tudo: "O que Deus está querendo de mim?" ou "O que eu fiz para merecer isso?" - nada que você faça altera o estado permanente de amor e misericórdia de Deus em relação a nós. Tudo é dEle, por Ele, e para Ele, logo, a ideia de um Deus punitivo se propaga, sendo que Deus é amor, e quem não ama, não está em Deus, nem Deus nele (I Jo 4.16). Portanto, quem está errado: o barro ou o oleiro?

imagino que temos medo de Deus porque a ideia de sofrer diante do propósito é assustadora. Há maneiras diversas de relacionar Deus com os nossos sofrimentos. Afinal, Ele é a única esperança, e não a última - porque Jesus, a nossa verdadeira esperança, morreu, e já ressuscitou, portanto, fica firme.

(leia a continuação)

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