domingo, 24 de janeiro de 2021

Sofrimento e esperança (pte.4) - Pv 13.12 + Pv 17.22

 

A lei da semeadura, aplicável em todos os sentidos (físico, espiritual e nas relações) é para quem semeia vento. Ao colher a tempestade, como consequências dos erros e pecados, atribuirá a Deus um ato punitivo divino - isto não existe nas Escrituras Sagradas. Deus jamais se relacionou conosco debaixo dos critérios da justiça retributiva, ou seja: Plantou? colheu. Não plantou? Passa fome. Jamais foi ou será baseada em méritos, nem deméritos, mas motivado apenas e tão somente pela Graça. Para entender melhor: Enquanto trabalhamos com culpa, remorso, pedir perdão por aquele pecado (que já foi perdoado), Deus trabalha com a Cruz.

O garoto pede ao pai sua parte na herança (não existe herança de pai vivo), peca e vai para a Babilônia gastar tudo em pecado. Suas consequências são óbvias. Na amargura, lembra do pai, volta, e ainda diz: "Pequei contra o céu e contra ti, já não sou digno de ser chamado de seu filho". O pai o abraça e diz: "Filho, eu não contabilizo débitos - eu te amo!". Então, vem o filho que não foi mas queria ter ido, vê a festa e seu irmão que torrou tudo no pecado e diz ao seu pai: "Poxa pai, eu fiquei aqui, te obedeci, te ajudei, te servi e nada!!". O pai o abraça e diz: "Filho, eu não contabilizo créditos - eu te amo!". Deus age assim em relação a nós, seus filhos, não soma créditos nem diminui débitos, mas é movido pela maravilhosa Graça, e pela Cruz, jamais pelo que fizemos nem pelo que deixamos de fazer. Portanto, atribuir qualquer relação ou causa moral a um sofrimento é tão cruel quanto a tragédia que você passa.

O sofrimento faz mesmo o homem crescer, pois nos aperfeiçoa, mostra e diminui o supérfluo em nossa vida. Ao sofrer, colocamos o foco ao essencial para viver. E quando não estamos no deserto, valorizamos o que é supérfluo e negligenciamos o que é essencial. Daí a dizer que Deus nos coloca no deserto para nos fazer pessoas melhores e reconhecermos que Deus é todo-poderoso, é o mesmo que chamar Deus de sádico, ditador, maléfico.

Para entender: Um amigo, pastor, perdeu o pai aos 2 (dois) anos. E alguém chegou nele e disse: "É, agora entendo porque Deus levou seu pai, para fazer de você um grande pregador!". Será que Deus precisou matar o pai dele para cumprir um propósito na sua vida? Será que Deus não poderia ter feito o homem que gostaria que fosse, sem matar seu pai? Faz sentido isso? Será que a morte de Jesus não foi suficiente para que Deus cumprisse os propósitos na vida deste pastor para fazê-lo o homem que Deus quer que ele seja? Cuidado com seus conselhos...

(leia a continuação)


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Só há um caminho. Uma verdade. Uma vida. Deixe um comentário.